Piores investimentos: quais são e como evitá-los?

09/04/2021
7 min de leitura
Equipe Dindim
09/04/2021
7 min de leitura

Nunca se falou tanto em investimentos, mas a maioria das pessoas não entende muito bem o que eles são e no que elas podem investir. 

Investimento é uma excelente forma de fazer o seu dinheiro render e é muito importante aprender mais sobre eles pra não cair nas armadilhas e propagandas enganosas deste mundo desconhecido.

Aqui, a gente explica dindim por dindim como não perder grana em falsos investimentos!

O que é investimento

A definição de investimento é “aplicação de recursos, tempo, esforço e etc. a fim de se obter algo”. E o que isso significa quando estamos falando de investimento financeiro?

Talvez você já tenha ouvido falar que investimento é “fazer o seu dinheiro trabalhar pra você”. Por que? Porque quando você investe um valor, o seu objetivo é fazer com que aquela quantia cresça, o que não aconteceria, por exemplo, com o dinheiro debaixo do seu colchão. Ou seja: poupar é diferente de investir. 

Fazer um investimento nada mais é do que emprestar dinheiro através de instituições financeiras e receber uma remuneração por isso (os juros). É assim que seu dinheiro se multiplica.

Qual a diferença entre aplicações financeiras e investimentos

Na definição técnica, aplicação é a compra de títulos (ações) na Bolsa de Valores com o objetivo de um retorno mais do que o valor inicial, o que seria diferente de investimento, um termo mais ligado ao empreendedorismo. 

Na prática, porém, quando falamos de empréstimo do seu dinheiro com juros, aplicação financeira e investimento são a mesma coisa.

O que são falsos investimentos?

Falsos investimentos são aquisições que não têm tanto retorno financeiro quanto parece ou até te fazem perder dinheiro! 

Listamos os piores investimentos pra você fugir dessas ciladas:

Automóvel

Comprar um veículo pode ser muito útil, mas não é um investimento. Isso porque ele perde imediatamente cerca de 10% do valor quando sai da concessionária, além de se desvalorizar ao longo dos anos e trazer diversas despesas como combustível, manutenção, seguro e impostos.

A única situação em que comprar um carro ou moto pode ser considerado um investimento é quando ele se torna ferramenta de trabalho, como pra trabalhos de motorista ou entregador. Ainda assim, é preciso fazer os cálculos pra ter certeza de que o automóvel vai gerar mais lucros do que gastos.

Título de capitalização

Títulos de capitalização são falsos investimentos que acabam enganando muita gente, especialmente porque eles nunca são vendidos com esse nome, mas como uma possibilidade de poupar dinheiro e ganhar prêmios.

Na teoria, você coloca uma quantia nesses títulos todo mês e ao final de um período resgata a sua grana com os valores corrigidos e ainda concorre a coisas legais como motos e casas. Acontece que, na verdade, essa modalidade de “investimento” se parece muito mais com jogos de azar do que com uma poupança, porque as taxas de resgate são altíssimas e o rendimento é praticamente nulo.

Na prática, você perde dinheiro, porque paga pra participar de um sorteio, tanto que o título de capitalização mais famoso no Brasil é a Tele Sena.

Marketing Multinível

O marketing multinível, também conhecido como esquema de pirâmide, consiste, basicamente, na compra de um produto pra revenda entre vendedores.

Por exemplo: você compra uma dúzia de maçãs e o seu trabalho não é exatamente vender pra um consumidor final, mas pra outra pessoa interessada em vender maçãs também pra outros vendedores.

Embora seja uma forma válida de ganhar dinheiro, participar desses esquemas não é um investimento, pois não gera lucros bem definidos. 

Poupança

A poupança é a modalidade de investimento mais antiga no Brasil e também a com mais adeptos, embora cada vez mais as pessoas tenham considerado seus rendimentos menos atrativos.

Atualmente, é consenso entre os especialistas que, apesar de segura, a poupança não gera bons dividendos, ficando constantemente abaixo da inflação, o que, na prática, é igual a perder dinheiro.

Uma alternativa pra investidores conservadores, que gostam de segurança e liquidez (poder tirar o dinheiro a qualquer hora), é colocar o dinheiro em contas correntes que têm rendimento diário.

Diferentemente da poupança, nessas contas o dinheiro não rende apenas no aniversário mensal, fazendo você perder o lucro caso tenha que resgatar o valor antes da data.

Consórcio

Sem meias palavras: o consórcio, seja do que for, é uma péssima opção de investimento.

Esses financiamentos coletivos costumam atrair a atenção dos compradores pela ausência de juros, no entanto, são cobradas taxas administrativas que não podem ser deduzidas com o adiantamento das parcelas e que, inclusive, podem aumentar ao longo do tempo.

Além disso, no consórcio você paga por um produto por um longo período correndo o risco de demorar anos até conseguir, de fato, adquirir o que você está pagando.

Por exemplo: se você faz um consórcio de 20 anos por uma casa e dá o azar de ser o último sorteado, você vai ter gastado 20 anos de aluguel mais o valor do imóvel próprio. Outro ponto negativo é a possibilidade de alteração do valor da mercadoria no período, que é repassado ao consorciado, gerando, muitas vezes, a inadimplência.

5 dicas para não cair em armadilhas de falsos investimentos

1. Não feche nada de imediato

A primeira regra do mundo das finanças é nunca ir demais pela emoção do momento. Pegue todas as informações e tire um tempo pra bater as possibilidades de ganho com os possíveis riscos.

2. Desconfie sempre

Um bom negócio dificilmente chegará por telefone. Não caia na lábia de vendedores que oferecem mundos e fundos. Lembre-se do que dizia a sua avó: se parece bom demais pra ser verdade, é porque talvez não seja. 

3. Pesquise

O que não falta é informação sobre investimentos na internet. Então, antes de colocar seu dinheiro em qualquer lugar, pesquise muito bem a reputação e as experiências de outros investidores.

4. Leia as letras pequenas dos contratos

Leia atentamente todas as condições antes de fazer um investimento. Fique de olho em taxas, juros e multas escondidas. Nada de já clicar direto em “li e concordo”. Você pode se arrepender depois!

5. Estude

Se você está levando a sério a ideia de começar a investir, a melhor coisa a se fazer é estudar e se familiarizar com os termos técnicos do “financês”. Assim, você consegue identificar de cara quando alguém está tentando te enrolar! Existe muito conteúdo bom e gratuito sobre isso na internet, aproveite!

Agora que você aprendeu mais sobre os piores investimentos, entenda tudo sobre planejamento e controle financeiro pessoal para você descomplicar suas finanças.

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