Regra 50 30 20: como funciona o método de organização de orçamento

29/03/2021
6 min de leitura
Equipe Dindim
29/03/2021
6 min de leitura

Pra conseguir colocar ordem nas finanças, é essencial fazer um bom planejamento. Mas essa tarefa pode parecer quase impossível pra muita gente. Felizmente existem alguns métodos que facilitam – e muito! – a organização do orçamento. Aprenda tudo sobre a regra 50 30 20!

Um desses métodos é a regra 50 30 20, que é uma divisão simples e eficiente do dinheiro pra garantir o pagamento das contas, atividades de lazer e um bom pé de meia.

Neste texto a gente fala dindim por dindim sobre como funciona o método 50 30 20 e como ele pode mudar a sua vida financeira!

O que é o 50 30 20

A regra 50 30 20 surgiu nos Estados Unidos e é um dos métodos mais conhecidos e usados de organização do orçamento.

A principal vantagem da aplicação dessa regra é que ela é totalmente adaptável à realidade de cada um.

Além disso, ela é muito simples, já que são necessárias apenas três categorias pros gastos.

Como funciona o método 50 30 20

O método 50 30 20 consiste basicamente em dividir os rendimentos mensais em gastos essenciais, variáveis e investimentos/reservas financeiras.

A primeira coisa a se fazer é entender o que deve ser considerado rendimento. Pra quem é assalariado, vale o ganho líquido, ou seja, a grana que efetivamente cai na sua conta.

Pros autônomos, é o dinheiro que sobra depois de pagar todos os custos do negócio. Em resumo, é o dinheiro que você tem pra dar conta das suas despesas pessoais.

Sabendo esse valor, é hora de fazer a divisão!

Como deve ser dividido o salário

O método é chamado de 50 30 20 em referência a como é dividido o orçamento, em apenas três partes: uma fica com 50%, a outra 30% e a última, 20%.

50% pra gastos essenciais

A parte realmente difícil pra começar a colocar a regra 50 30 20 em prática é definir o que vai em cada categoria. 

O que é essencial pra uma pessoa pode não valer pra outra. Por isso é legal tirar um tempo pra avaliar quais são suas reais necessidades e também suas prioridades.

Entram em “gastos essenciais” todas aquelas despesas que você não pode (ou não quer de jeito nenhum) deixar de ter. Veja os exemplos abaixo:

  • Água, luz, aluguel, transporte e alimentação: esses são gastos básicos que dificilmente podem ser cortados (embora possam ser reduzidos, como mostramos no artigo com 31 dicas para você poupar em casa).
  • Plano de saúde e mensalidade escolar: não são gastos necessariamente obrigatórios, mas podem ser considerados essenciais.
  • Academia e terapia: dá pra viver sem as duas coisas, mas pra grande parte das pessoas, a despesa com a saúde física e mental são indispensáveis.

O problema aqui é que existe um “teto de gastos”, que é de 50% do seu salário. Ou seja: não dá pra colocar tudo como essencial também, né? 

30% pra gastos variáveis

Os gastos variáveis são aqueles supérfluos: não são exatamente necessários, mas muito importantes pra nossa felicidade.

O erro de muita gente quando vai economizar é cortar absolutamente tudo que não seja vital pra sobrevivência. Isso acaba deixando a pessoa frustrada.

O lazer é importantíssimo, afinal, ninguém vive só pra trabalhar! O segredo é colocar o seu bem-estar no orçamento.

Exemplos de gastos variáveis:

  • Assinaturas de serviços de streaming (Netflix, Spotify etc) e revistas
  • Refeições em restaurantes e por delivery
  • Passeios e viagens
  • Cinema, teatro, jogos no estádio e shows

A dica de ouro da economia aqui é: não corte, reduza. Dá pra apertar os cintos sem deixar de se divertir e, se estiver no planejamento, você acaba gastando menos do que por impulso!

20% pra investimentos

Essa é a parte do 50 30 20 que muita gente considera um pouco polêmica e irreal pro padrão brasileiro. Isso porque grande parte da população ganha pouco e não sobra dinheiro pra guardar. 

Exatamente por isso a educação financeira é tão importante. Ela nos ajuda a gastar de forma mais consciente e a evitar o desperdício. Com isso, as pessoas acabam descobrindo que dá, sim, pra sobrar uma grana pro cofrinho.

Ainda assim, a beleza desse método é a possibilidade de adaptação.

Se pra você é realmente impossível guardar 20% do seu salário todo mês, comece guardando 5%, depois 7%, depois 10%… Vá aos poucos, mas sempre aumente a meta e crie o hábito de poupar!

Uma dica boa é não deixar pra investir “o que sobrar” no fim do mês.

➡️ A melhor forma de guardar dinheiro é separar esses 20% (ou quanto você estipular) logo que o dinheiro entra. É a lógica de “pague você mesmo primeiro” e priorize os seus sonhos.

Entram na categoria “investimentos” todos os seus objetivos financeiros, sejam eles de curto, médio ou longo prazo. 

Adapte o 50 30 20 à sua realidade

O 50 30 20 pode virar 60 20 20 ou 20 30 50 a depender da sua situação.

Por exemplo, um jovem que mora com os pais costuma não ter muitas despesas essenciais, assim, ele pode destinar uma porcentagem maior do orçamento pra atingir objetivos financeiros.

Já uma pessoa com filhos pequenos tende a ter muitos gastos essenciais, então a divisão pode ser um pouco diferente.

Como a regra do 50 30 20 pode ajudar seu orçamento

O mais importante da regra dos 50 30 20 é fazer o exercício de pensar o que você quer pra sua vida e pra vida da sua família e analisar se os seus gastos refletem as suas prioridades. Geralmente a resposta é “não”.

O orçamento é um planejamento estratégico pra você gastar seus recursos de uma forma que te ajude a viver bem e a atingir os seus objetivos. 

A regra 50 30 20 pode ser colocada como meta e, a cada mês, você tenta avançar um pouquinho mais pra chegar a essa divisão e, quem sabe, até aumentar a porcentagem que você guarda pra realizar os seus sonhos!

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Gostou de aprender mais sobre a regra 50 30 20? Conta pra gente nos comentários!

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