Golpe do Pix: como fugir dessa cilada?
Entenda como acontecem os vários tipos de fraude, como não cair nos golpes e o que fazer se for vítima de um deles.
O golpe do Pix acontece de várias formas e está cada vez mais popular por conta da agilidade da transação.
Felizmente, plataformas digitais, instituições bancárias e Justiça têm acompanhado a evolução das ações criminosas e desenvolvido mecanismos para ajudar o consumidor.
Além disso, informação é poder. Cada vez mais atentos, muitos usuários conseguem identificar a fraude e fugir dessa cilada, aproveitando apenas os benefícios de operações bancárias modernas como o Pix.
Por isso, é fundamental ser cauteloso – e quando o assunto é transferir dinheiro, vale até ficar desconfiado.
Para contribuir com o que você já sabe sobre golpes do Pix, preparamos este artigo com os principais tipos, como evitá-los e o que fazer se você for vítima de um deles.
Acompanhe e compartilhe com seus familiares e amigos!
Quais são os golpes do Pix
Existem diversos golpes do Pix e todos consistem em enganar a vítima para receber uma vantagem indevida – que pode ser dinheiro ou produtos. Veja os principais:
- Golpe do Pix no Instagram;
- Golpe do Pix no WhatsApp;
- Golpe do Pix agendado;
- Golpe do Pix com QR Code;
- Golpe do Pix com comprovante falso;
- Golpe do Pix com valores falsos.
Abaixo, explicaremos todos eles. Confira.
Golpe do Pix no Instagram
O golpe do Pix no Instagram acontece quando a vítima passa dinheiro para o golpista acreditando que vai comprar algum produto. Como? Explicamos.
O golpista invade a conta de Instagram de uma pessoa e, nessa conta, começa a publicar stories dizendo que ela está vendendo alguma coisa.
Geralmente, são móveis, eletrodomésticos e eletrônicos sob o pretexto de que a pessoa ou um conhecido está de mudança.
Ao verificar que é o Instagram de um familiar, amigo ou colega oferecendo tais produtos, a vítima tende a acreditar e fazer a compra – transferindo o valor por Pix e nunca recebendo os itens.
Como você pode perceber, o golpe do Pix no Instagram faz pelo menos dois tipos de vítima: aquela que tem a conta invadida pelo criminoso para aplicar o golpe, e aquela que acredita no golpista e envia dinheiro para ele.
Golpe do Pix no WhatsApp
O golpe do Pix no WhatsApp ocorre quando a vítima transfere dinheiro para o criminoso que se passa por um parente, conhecido ou até mesmo fornecedor.
Funciona assim: o golpista acessa a lista de contatos de alguém porque hackeou o celular da pessoa, ou, porque furtou o aparelho.
Utilizando o mesmo número ou um número diferente, manda mensagem para os contatos daquele pelo qual está se passando.
Em outras palavras, o criminoso se passa por alguém que a vítima conhece e inventa uma razão para solicitar a transferência de dinheiro.
Inclusive, o golpista costuma estudar as conversas antes de mandar as mensagens.
Então, pode até imitar o jeito de falar da pessoa que está fingindo ser, para não despertar suspeitas dos contatos com quem está conversando e assim fazer mais vítimas.
E além de se passar por familiares ou amigos, os estelionatários se passam por fornecedores: gerentes de banco, advogados, médicos ou outros profissionais que tratam de negócios com a vítima.
Nesses casos, uma vez que tiveram acesso às conversas, solicitam transferências com inúmeros pretextos – por exemplo, para liberar acesso à conta bancária, para liberar resultados de processos jurídicos ou para passar resultados de exames médicos.
Aqui também existe mais de um tipo de vítima: tanto a pessoa que transfere o dinheiro para o golpista, quanto a que teve seu WhatsApp invadido e sua identidade usada pelo criminoso para a aplicação do golpe.
Golpe do Pix agendado
O golpe do Pix agendado acontece quando a vítima passa dinheiro na conta do criminoso porque acha que recebeu uma quantia por engano.
O golpista envia um print de agendamento de Pix para a vítima, diz que enviou o valor por engano e pede para que esse montante seja devolvido.
Na pressa de tentar ajudar a pessoa que supostamente enviou o valor errado, a vítima não percebe que o print é de um agendamento – ou seja, o dinheiro não caiu de verdade em sua conta.
E assim, transfere do próprio recurso para o estelionatário, que vai cancelar o agendamento.
Golpe do Pix com QR Code
No Golpe do Pix com QR Code, a vítima transfere dinheiro para o golpista acreditando que está mandando a quantia para outra pessoa.
Geralmente, os QR Codes ficam nos vídeos de transmissões da internet e servem para que as pessoas doem algum valor para o artista ou para uma instituição de caridade.
Os criminosos baixam o vídeo e alteram o código. Depois, repassam esse vídeo em massa.
As pessoas que fazem a doação para o QR Code acham que estão mandando dinheiro para alguém quando na verdade estão transferindo para o estelionatário.
Golpe do Pix paga um valor e recebe outro
No Golpe do Pix em que se paga um valor e recebe outro, geralmente a vítima acredita que está participando de um investimento ou sorteio.
De modo geral, ela recebe uma mensagem dizendo que há uma oportunidade incrível de ganhar várias vezes mais o investimento inicial.
Para isso, basta que a vítima envie um Pix de determinado valor para receber uma quantia muito maior de volta. Mas, como você já sabe, esse valor não retorna.
Golpe com comprovante falso
O golpe com comprovante falso pode acontecer de duas maneiras e começa com um comprovante montado em um editor de imagem – como Paint ou Photoshop.
Uma das formas de aplicação desse golpe é parecida com o golpe do agendamento – o criminoso diz que mandou um valor para a vítima por engano e a faz devolver esse montante.
A outra maneira de fraude envolvendo comprovante é para receber um produto sem ter pago por ele. O criminoso envia o comprovante falso para o lojista, que envia o produto sem ter recebido, de fato, pela venda.
Como não cair no golpe do Pix
Para não cair no golpe do Pix, independente de qual seja, existem cinco estratégias simples e muito eficientes. Veja
1. Não transfira dinheiro sem confirmar por telefone ou face a face
Antes de transferir qualquer valor, a dica é fazer uma chamada por vídeo ou então telefonar. Se não for a pessoa que você conhece que atende ao vídeo ou à ligação, não transfira.
Geralmente, golpistas só mandam mensagens de texto porque sabem que de outra forma não conseguirão enganar a vítima.
Por isso, só faça o Pix para quem você, com certeza, confirma ser a pessoa real.
2. Não transfira dinheiro para contas de terceiros
Outra forma de evitar golpes é não transferir Pix para contas de terceiros.
Ou seja: se alguém está lhe oferecendo um produto ou pedindo dinheiro emprestado, mas a conta para o Pix não está no nome da pessoa, desista de passar o valor.
3. Confira sua conta corrente
Se você é lojista ou se alguém disse ter feito um Pix para sua conta, não se baseie apenas no comprovante. Procure o valor no seu saldo como já recebido.
4. Informe ao banco se o seu celular for roubado ou perdido
Assim que der falta de seu aparelho celular, informe ao banco sobre a necessidade de bloquear as transferências online por Pix e qualquer acesso à conta bancária.
Dessa forma você evita outro tipo de golpe: aquele quando o criminoso acessa a sua conta bancária e faz diversos Pix para si mesmo.
5. Adote recursos de segurança
Crie camadas de proteção extra para suas contas bancárias, páginas de Instagram e WhatsApp.
Escolha bloqueio de tela com digital ou senhas elaboradas, faça verificação por digital para a conta bancária, selecione opções de pin para efetivar as transferências por Pix e configure dupla verificação nos mensageiros e redes sociais.
É possível recuperar Pix de golpe?
Sim, é possível recuperar Pix de golpe na maioria dos casos – tudo depende da velocidade em que a vítima percebe que foi enganada e dos protocolos que adota junto ao banco. Veja algumas situações.
Bloqueio temporário
Várias instituições bancárias levam algumas horas para concluir a transferência do Pix quando consideram a movimentação estranha.
Por exemplo: quando é feita fora de hora comercial, para contas que não estão cadastradas na lista de contatos ou quando o valor é muito alto.
Nessas situações pode ser mais fácil recuperar o valor transferido em um golpe. Isso porque se a vítima detectar a ação fraudulenta dentro do período, pode informar ao banco antes do dinheiro ser creditado na conta criminosa.
Ainda, há um bloqueio preventivo de até 72 horas quando o banco nota que a movimentação na conta do receptor é característica de ação fraudulenta.
Constatada a fraude, o valor é estornado para o cliente automaticamente.
Mecanismo Especial de Devolução (MED)
O Mecanismo Especial de Devolução é um recurso dos bancos para estornar o valor do Pix para a vítima do golpe.
Aqui o procedimento consiste em acionar a instituição sobre a ação fraudulenta e fazer um boletim de ocorrência.
É recomendável que esse recurso seja acionado pela vítima do golpe o quanto antes, para que o banco resgate o valor creditado na conta criminosa.
Caso o golpista saque o valor, esse procedimento não é mais válido porque não há mais dinheiro para ser recuperado. Assim, o banco avaliará cada caso individualmente.
Procon e Processo Judicial
Ainda, dependendo da quantia perdida, pode valer a pena acionar o Procon ou entrar com um processo judicial para o reembolso. Isso, nos casos em que o banco não resolveu pelas vias comuns.
Ocorre que a segurança das transações deve ser providenciada pelas instituições bancárias, segundo o Direito do Consumidor.
E quando comprovado que a ação fraudulenta se concretizou por falta de recursos de segurança dos bancos envolvidos na operação, é possível que o reembolso para o cliente seja determinado pela Justiça.
Claro, é fundamental consultar um advogado especialista no assunto para receber a orientação adequada diante das particularidades do caso.
Aproveite para complementar sua leitura com as dicas de como cancelar o Pix em casos de golpes, que a Susane preparou em seu canal “Via de Direito”.
O que fazer ao cair em um golpe do Pix
Ao cair em um golpe do Pix é necessário entrar em contato com a sua instituição bancária, com o banco em que está a conta de quem recebeu – essa informação está no comprovante – e fazer um boletim de ocorrência.
Veja o passo a passo.
1. Entre em contato com seu banco
O primeiro passo é ligar para o seu próprio banco no número oficial de SAC, assim que constatar o golpe, e informar a situação.
Peça pelo recurso de Mecanismo Especial de Devolução ou outra funcionalidade disponível na instituição para reaver os valores transferidos por Pix.
2. Entre em contato com o banco do receptor
Logo em seguida, vale a pena falar com o SAC do banco receptor do Pix.
Geralmente, a conta não pertence à pessoa do golpista, em si. Criminosos tendem a utilizar documentação falsificada ou roubada para abertura de contas em banco.
De qualquer forma, ao informar ao banco em que o valor foi recebido sobre a ação fraudulenta, há chances de que a instituição bloqueie o montante antes de qualquer movimentação por parte do golpista.
Faça um boletim de ocorrência
Além de falar com os bancos, é fundamental registrar um boletim de ocorrência na polícia. Assim, o crime fica documentado nos órgãos oficiais e é mais fácil de conseguir o reembolso.
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